Projeto Olhar Recife é aprovado em pleno do CMS-Recife

O Conselho Municipal de Saúde (CMS-Recife) aprovou, na tarde desta quinta-feira (28), em pleno ordinário, a implantação da segunda fase do Projeto Olhar Recife da Secretaria de Saúde. O programa tem o objetivo de atender crianças e adolescentes com visão subnormal e cegueiras nas comunidades da cidade.

De acordo com a Diretora Geral da Regulação do Sistema de Saúde do Recife, Kátia Guimarães, o foco a ser trabalhado nesta etapa será a reabilitação, além da inclusão social desses portadores de deficiência visual. “Vamos trabalhar o desenvolvimento do  cidadão e as atividades cotidianas dessas crianças em parceria com as equipes de Saúde da Família, com as escolas e com as famílias”, afirmou Kátia.

                                                                                                                              foto: Bárbara Travassos

Kátia Guimarães explicou o projeto ao Pleno

O projeto é da Secretaria de Saúde (Gerência de Atenção à Assistência Ambulatorial e Hospitalar – GAAH – e Projeto Saúde Escolar) em conjunto com a Secretaria de Educação. A gerente da GAAH Lauriluci Farias destacou que o objetivo desta ação é “que a criança deficiente tenha participação política e social e seja protagonista de sua história e não a ‘coitadinha’ que sofre na sociedade”.

           foto: Bárbara Travassos

Diego Pessoa pediu acompanhamento

O coordenador do CMS-Recife, Diego Pessoa, disse às gestoras do projeto que o pleno recomenda o fornecimento das informações sobre as ações para serem acompanhadas pelo Conselho de Saúde. Já o deficiente visual Paulo Fernandes, parte da equipe da GAAH, elogiou o programa por possibilitar o diagnóstico precoce dos diversos graus de cegueira e a inserção da criança na sociedade. “O projeto trabalha com a reabilitação através da utilização de bengalas, de lupas no tratamento da perda paulatina da visão, da leitura em braille, além de focar o desenvolvimento da criança na escola”, ressalta.

Conselheira Gilda (blusa preta à esquerda) elogiou o projeto

Representante do segmento usuário no CMS-Recife, a conselheira Gilda Guimarães elogiou o projeto. "É como se minha luta aqui no Conselho tivesse encontrado um eco. É de primordial importância que a população marginalizada e essas crianças desassistidas tenham esse apoio", afirmou a usuária ativa nos movimentos sociais desde 1962 e integrante da entidade SOS Criança desde 1981.


A médica pediatra Tilma Belfort, conselheira do CMS-Recife do segmento trabalhador, gostou das propostas do projeto, mas ressalvou a correta aplicabilidade dele na rede municipal. "Temos que fiscalizar como esse diagnóstico precoce de subvisão ou cegueira serão realizados nas creches e escolas municipais.  Já na sala de parto é possível identificar disfunções na visão, mas os profissionais da área de saúde têm que estar muito bem capacitados para isso", disse a representante do CREMEPE no Conselho.

Já a enfermeira Rita de Cássia de Barros Ramos, conselheira representando o Sidicato dos Enfermeiros em Pernambuco (SEEPE) no CMS-Recife, alertou para a sensibilização da categoria para uma efetiva implantação do Projeto Olhar Recife. "Os enfermeiros são responsáveis pela primeira visita aos recém-nascidos nas residências logo na primeira semana de vida. fazemos orientação dos primeiros cuidados com o bebê e um exame físico e clínico, testando incusive os reflexos da criança. Portanto, além de capacitação, é necessário mobilização", disse a enfermeira.


Assessoria de Comunicação do CMS-Recife
Jornalista Responsável: Bárbara Travassos (DRT/PE - 4654)