quinta-feira, 7 de julho de 2011

MÉDICOS AMERICANOS ELOGIAM A 10ª CONFERÊNCIA DE SAÚDE DO RECIFE

Por Bárbara Travassos


                                                                                                           foto: Bárbara Travassos
Os pediatras americanos conheceram um pouco sobre a rede municipal de saúde



Tema da Conferência “Recife consolidando o SUS através da participação popular” chamou a atenção dos americanos

Três médicos pediatras americanos vieram visitar, nesta quinta-feira (07), a 10ª Conferência Municipal de Saúde, que acontece no Teatro Guararapes, Centro de Convenções de Pernambuco. Os profissionais conheceram um pouco do que é o processo democrático de avaliação e fiscalização das propostas de políticas de saúde do evento que se encerra hoje com a plenária onde serão eleitos os delegados municipais para a etapa estadual.

O secretário municipal de Saúde, Gustavo Couto; o gerente de Atenção à Saúde da Criança do Recife, Paulo Frias; a representante da Sociedade Pernambucana de Pediatria, Lúcia Trajano; e o consultor internacional da entidade Companheiros das Américas recepcionaram os pediatras que ficaram bastante impressionados com o processo político da 10ª Conferência. “É um bom método de inclusão da população de forma igualitária nas decisões sobre a saúde”, disse a doutora Doris Greenberg.

Já o professor da Mercer University, Faculdade de Medicina de Savana nos Estados Unidos, Martin Greenberg, elogiou o evento por ser um espaço em que os usuários do sistema de saúde pública têm voz. “Nos EUA, as diretrizes vêm de cima para baixo e a população pobre não tem voz. Aqui vocês ainda têm outra vantagem que é este sistema universal de saúde – O SUS – que atende a todos de graça e nós não temos isso”, ponderou o especialista. Ele também falou que muitos hospitais americanos acabam fechando ou interrompendo os serviços de urgência porque são obrigados a atender muitas pessoas sem receberem indenização do governo.

 
A 10ª Conferência de Saúde do Recife tem o objetivo de avaliar as políticas do Plano Municipal de Saúde 2010-2013. Nesta quinta (07), serão eleitos 116 representantes dos usuários de saúde e 58 de trabalhadores para a Conferência Estadual a ser realizada dias 09, 10 e 11 de outubro. O coordenador Diego Pessoa do Conselho Municipal de Saúde, responsável pela organização do evento em parceira com a Secretaria de Saúde, espera que a Conferência cumpra seu papel social. “Acreditamos que daqui sairão propostas que vão melhorar os serviços de saúde já oferecidos aos recifenses”, frisou.

Assessoria de Comunicação do CMS-Recife
Jornalista Responsável: Bárbara Travassos (DRT/PE - 4654)



            FINANCIAMENTO DO SUS É TEMA DE PALESTRA NA CONFERÊNCIA                              


Paulo Rubem denuncia que a DRU (Desvinculação das Receitas da União) é a vilã dos escassos recursos para a Saúde

                                                                                         foto: Bárbara Travassos
O deputado federal Paulo Rubem falou sobre financiamento do SUS



O secretário de Saúde Gustavo Couto falou sobre a desigualdade na distribuição dos recursos do SUS


Na tarde desta quarta-feira (6), o secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, e o deputado federal por Pernambuco Paulo Rubem ministraram palestras sobre O Financiamento do SUS. Eles abordaram, principalmente, os ínfimos valores que são repassados pelo Ministério da Saúde para os municípios.

Gustavo Couto em sua explanação afirmou que é preciso se discutir um modelo de atenção básica por ser fundamental para a organização de todo o processo que envolve a implementação das políticas de saúde e, depois, deve ser debatida a questão do financiamento. "Existe um descumprimento dos percentuais mínimos constitucionais destinados à Saúde". disse o secretário.

Segundo ele há um subfinanciamento crônico do sistema por vários fatores, entre eles: o não cumprimento das disposições transitórias da Constituição Federal que previa 30% do orçamento público da Seguridade Social para a Saúde; e o baixo per capita nacional em que 40% do orçamento da União é gasto com o serviço público.

Já o deputado Paulo Rubem ressaltou que desde o ano de 94 a carga tributária do país vem aumentando, prejudicando ainda mais os repasses à Saúde. "O orçamento do Ministério da Saúde para 2011 tem uma previsão de R$ 77,1 bilhões a serem investidos e, mesmo assim, este número está inferior ao que foi previsto em 2005 em quase R$ 20 bilhões a menos", alertou alertou o parlamentar para os baixos recursos da Seguridade Social.

De acordo com Paulo Rubem, o grande vilão para os escassos investimentos na Saúde se chama DRU (Desvinculação das Receitas da União). Ele afirma que muitos gestores não têm entendimento que Seguridade Social compreende três eixos: Saúde, Assistência Social e Previdência e que isso prejudica a fiscalização dos repasses das verbas pela União. "O Governo Federal não elabora três orçamentos fiscais previstos na Constituição e, sim, dois: junta o Fiscal com a Seguridade Social; e o outro fica para as Estatais", pondera.


Assessoria de Comunicação do CMS-Recife
Jornalista Responsável: Bárbara Travassos (DRT/PE - 4654)












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