sexta-feira, 13 de maio de 2011

Conselho acompanha Audiência Pública de Combate ao Crack

Por Bárbara Travassos

O Conselho Municipal de Saúde do Recife (CMS) participou, nesta quinta-feira (12), da audiência pública sobre Políticas de Enfrentamento ao Crack ocorrida na Câmara de Vereadores do Recife. O evento foi uma iniciativa do vereador Luiz Eustáquio (PT) e contou com a participação dos secretários de Saúde e de Assistência Social do Município, Gustavo Couto e Niedja Queiroz; dos representantes estaduais Flávio Campos (Saúde) e Luiz Andrei Viana (Defesa Social); além da Federação Pernambucana de Comunidades Terapêuticas.

O coordenador do CMS, Diego Pessoa; a vice-coordenadora, Valderlene Guimarães; e o coordenador da Comissão de Articulação, Marcos Antônio da Silva estiveram presentes na audiência para acompanhar as propostas de políticas de combate ao crack e exercer o controle social em cima destas. Valderlene Guimarães, que é terapeuta ocupacional, disse que o importante para a Prefeitura do Recife é se preocupar em melhorar cada vez mais a rede já existente de serviços integrados. Ela teve acesso aos dados do Plano Integrado de Atenção ao Crack do Município e considerou boas as ações da gestão baseadas em desenvolver um trabalho com os usuários da droga em Centros de Acolhimento Transitório (CATs), Centros de Apoio Psicossocial (CAPs) e nos 6.100 leitos previstos em Comunidades Terapêuticas. “O cuidado na prevenção e o acolhimento são essenciais ferramentas de enfrentamento ao crack”, falou.

De acordo com o vereador Luiz Eustáquio, 97% dos municípios brasileiros têm problemas com o crack e a maioria deles não possui políticas de enfrentamento à droga. “Recife está adiantado. Temos discutido aqui um tripé: combate, prevenção e cura”, afirmou. O secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, disse que o crack é um problema da sociedade brasileira. “O que devemos é criar uma grande rede de proteção e cuidado com o crack. E para isto, estamos vivendo um bom momento político. Temos o Governo Federal, o Ministério da Saúde, os governos do Estado e do Município com projetos de enfrentamento especificamente para a problemática do crack”, pontuou.

                                                                                     Foto: Aguinaldo Leonel
Secretário de Saúde debate o crack na Câmara de Vereadores

O Recife além de estar desenvolvendo o Plano Integrado de Atenção ao Crack, desde 2004 implantou o Programa Mais Vida, que atua com a reinserção social de usuários de drogas com os CAPs, Casas do Meio do Caminho, que funcionam como espécie de albergues terapêuticos, e o projeto Consultório de Rua, baseado em serviço de assistência comunitária que ajuda a retirar usuários das ruas.

O representante da saúde do governo do Estado, Flávio Campos, falou sobre ações de combate à droga no âmbito estadual. “Pernambuco lançou, ano passado, o Plano Estadual de enfrentamento ao Crack. Este ano, estamos capacitando os profissionais de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para realizar a desintoxicação de pacientes. Além disso, estão sendo ampliadas as barreiras para evitar a entrada de drogas no Estado”, revelou.

O gestor de Repressão ao narcotráfico de Pernambuco, o delegado Luiz Andrei Viana, trouxe dados das ações de repressão qualificada, em que o planejamento operacional é realizado através de inteligência policial. “Em 2008, foram apreendidos 88 kg de crack. Já em 2010, este número aumentou para 400 kg”, disse.


Assessoria de Comunicação do CMS-Recife
Jornalista Responsável: Bárbara Travassos (DRT-PE 4654)

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